Após a mística de abertura e apresentação da metodologia do Seminário, a conselheira Nacional do IPDMS e professora do curso de Direito da Universidade Federal do Tocantins - UFT, Shirley Andrade, apresentou o Instituto, sua história de fundação e destacou suas principais linhas de atuação. “Nossos princípios são a pesquisa-ação, a educação popular, o trabalho coletivo e o protagonismo estudantil e dos movimentos sociais”, ressaltou a professora.
No debate, os participantes manifestaram suas angústias, inquietações, indagaram sobre a forma de aproximação entre Universidade e Movimentos Sociais e destacaram a importância de criação do Instituto.
“O MST entende que o espaço da Universidade é dos trabalhadores, assim o IPDMS tentando fazer esta ponte pode contribuir bastante com o movimento e com a luta da classe trabalhadora”, disse o representante do Movimento dos Sem Terra no Tocantins, Messias Barbosa.
Importância
“Fizemos muitas lutas, fizemos muitas marchas em que a universidade não estava presente. Mas eu vejo esse instituto como um espaço de saber e conhecimento, mais uma porta que se abre para os movimentos sociais, é a universidade se popularizando e precisamos ter em mente que popularizar a universidade não é só no espaço dela, pois em qualquer lugar pode estar presente”, pontuou a presidenta da Casa 8 de Março – Organização Feminista do Tocantins, Bernadete Aparecida Ferreira.
Estágio Interdisciplinar de Vivência (EIV)
Outra pauta do Seminário, foi a importância da participação acadêmica no EIV, destacada pela estudante de Direito da UFT, Izadora Nogueira, que falou sobre sua vivência em um estágio realizado em janeiro deste ano em Vitória da Conquista, interior da Bahia.
A fala de Izadora foi seguida por Vinicius Luduvice, professor da Rede Municipal de Ensino, que destacou que as universidades são inacessíveis ao povo. “Se a universidade não foi feita pra gente, ela vai ter que ser nossa. Precisamos de mais gente, precisamos ser povo. Precisamos do movimento aqui junto com a gente. Temos uma teoria revolucionaria, mas precisamos nos organizar. Só a classe trabalhadora pode se transformar”.
Unificar as lutas
Para o coordenador do Centro de Direitos Humanos de Porto Nacional, Ricardo Mora, existe uma necessidade dos movimentos se fortalecerem por meio da participação em todas as lutas. “O movimento social está fragmentado e assim enfraquece a luta. É muito difícil combater a alienação, hoje na Universidade, por exemplo, é mais forte os movimentos religiosos, sem um caráter transformador”.
Estudante do curso de Direito da UFT, Domilto Karajá, falou da importância entre a troca de conhecimento dos movimentos sociais. “Nós, índios, buscamos apoiar a luta de vocês e buscamos apoio de vocês. A troca entre os movimentos é muito importante”.
Último expositor do Seminário, o coordenador do Grupo Temático de Cidades do IPDMS, professor dor curso de Direito da UFT, Dr. João Aparecido Bazolli, falou da construção entre movimentos sociais e destacou o distanciamento da Universidade com a sociedade.
Manifestação
Com o término do Seminário, os participantes compuseram a manifestação contra a permanência do deputado federal Marco Feliciano (PSC), como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.
Representações
(Flávia Quirino com colaboração de Jeffirson Ramos da Silva e Rose Dayanne Santana)