O afastamento do poder econômico das eleições, proibindo a doação de empresas para os partidos e para os seus candidatos; a necessidade de reformular o sistema político, incluindo a questão de gênero; a regulamentação do artigo 14 da Constituição, em favor da democracia direta; o estímulo à participação dos grupos sociais minoritários; a melhoria do sistema político partidário, aumentando a participação de militantes e filiados em torno de um programa político, além da fidelidade partidária programática.
Essas são algumas das propostas que serão levadas nesta semana ao Congresso Nacional, com pedido de urgência, pela Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas.
Compõem o grupo representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Plataforma dos Movimentos Sociais, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e da Frente Parlamentar pela Reforma Política.
Essas entidades começarão imediatamente uma campanha nas igrejas, nos sindicatos e na sociedade civil em geral para coletarem mais de 1,5 milhão de assinaturas nesse projeto.
“Será preciso articular todas as entidades para envolver a sociedade nesse debate. A nossa luta nesse momento é a busca por mais de 1,5 milhão de assinaturas. Precisamos explicar para a população os pontos de nossa proposta, já que há uma indignação com a forma como vivemos a política em nosso país”, explicou d. Joaquim Giovani Mol, que preside a Comissão da CNBB para a Reforma Política.
“Precisamos explicar para a população os pontos de nossa proposta, já que há uma indignação com a forma como vivemos a política em nosso país. Esse mês será de grande trabalho para todas essas entidades”, enfatizou o dirigente da CNBB.
O manifesto da Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas foi lançado na última terça-feira (3), na sede da CNBB, em Brasília, com a participação de representantes de mais de 100 entidades da sociedade civil.
“A CNBB acolhe com satisfação os parceiros de sempre”, disse, na abertura do evento, o presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis. Ele destacou que “a união de todos é essencial para enfrentar a luta e vencê-la. Estamos aqui para continuar fortalecendo esta nossa missão comum que, com as bênçãos de Deus, haverá de produzir bons frutos”.
Clique aqui para ler a íntegra do manifesto.
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