da Redação do Brasil de Fato.
Contra os massacres dentro das prisões, contra o genocídio da juventude negra e periférica e dos povos indígenas. A ‘Semana contra a democracia dos massacres’ terá início nesta quarta-feira (2), data que marca os 21 anos do massacre do Carandiru, então considerado maior presídio da América Latina. Durante essa semana, vários movimentos populares de todo o Brasil se somarão à mobilização nacional indígena, que começa hoje (30) e vai até o dia 5 de outubro.
Para dar o pontapé inicial, na manhã desta quarta-feira (2), será realizada uma coletiva de imprensa no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo com familiares do carioca Amarildo, desaparecido há dois meses e meio, e do santista Ricardo, assassinado no final de julho em frente à Unifesp. Nos dois casos, há um forte indício de policiais estarem envolvidos, já que Amarildo foi visto pela última vez em uma viatura da UPP, e Ricardo ter sido assassinado dois dias após ser agredido por policiais militares.
Ainda participarão da coletiva integrantes dos movimentos Passe Livre, Mães de Maio, Periferia Ativa, Favela do Moinho Vivo e representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). O fotógrafo Sérgio Silva, que ficou cego do olho esquerdo após ter sido atingido por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar, também estará presente na reunião.
Outro ponto que será discutido é a data dos 25 anos da Constituição Federal que, segundo os movimentos, marca a ‘implementação de um Estado penal-militar com a política da democracia dos massacres’. “A ideia é não só relembrar a maior chacina de presos da história do país, mas também expressar a história de outras vítimas da violência estatal em pleno regime democrático sob a ‘Constituição Cidadã’, e refletir sobre a desmilitarização da polícia”, diz a nota dos movimentos.
Outras ações
Ainda no dia 2 de outubro, às 17h, em repúdio à homenagem à Rota aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo, o Comitê contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica convoca um ato em frente ao Teatro Municipal da capital. Já no Masp, simultaneamente, indígenas e quilombolas se mobilizarão contra o genocídio de seus povos, exigindo a imediata demarcação das terras que lhes pertencem.
No sábado (5), haverá ainda uma atividade “Contra o Estado Penal-militar” no Parque da Juventude, antigo Carandiru. Com início às 13h30, o ato visa repensar os efeitos do Estado penal e os impactos da militarização das polícias.
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