domingo, 9 de março de 2014

Violência contra a mulher é tema de roda de conversa no Instituto Fé e Alegria

No Dia Internacional de Luta das Mulheres, 8 de Março, o Instituto Fé e Alegria de Palmas realizou uma roda de conversa com o tema Violência Contra a Mulher e Tráfico Humano. O momento contou com a participação de representantes de organizações da sociedade civil e comunidade para debater sobre a questão.


Os debates abordaram sobre os problemas que afetam a vida das mulheres, violência, falta de acesso à saúde, educação, entre outros. A ausência de políticas públicas que combatam efetivamente a violência contra a mulher no Tocantins também foi alvo do debate. A indígena Lúcia Xerente, que representou as mulheres indígenas na atividade, falou das problemáticas vivenciadas pelas mulheres indígenas. “Não é fácil ser mulher indígena no mundo do branco” e destacou que assim como na realidade das mulheres não indígenas, a violência mais comum é a doméstica, geralmente em decorrência do uso de bebida alcoólica.


Representando o IPDMS – Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais do Tocantins e a Marcha Mundial das Mulheres, Cleide Diamantino falou sobre as formas de manifestação da violência contra a mulher, uma vez que essa violência é considerada como normal e está presente em todas as classes sociais. “As mulheres precisam se organizarem coletivamente para darmos continuidade à luta para conquista de direitos para a transformação da vida das mulheres com o objetivo de superarmos, dentre os vários problemas, também o da situação de violência”, destacou.

No âmbito da violência contra a mulher, a roda de conversa também abordou sobre o tráfico humano. No debate, impactos de grandes projetos e da Copa do Mundo deste ano no Brasil, também causaram preocupação entre os participantes, já que estas atividades potencializam o turismo sexual e como consequência aumenta também as chances de tráfico de pessoas.


A comunidade presente participou com depoimentos, onde foi possível comprovar que os casos de violência vivenciados pelas mulheres são resultado do machismo-patriarcal que sustenta nossa sociedade.

Participaram da Roda de Conversa Diálogos representantes da comunidade, do povo Xerente, da Arquidiocese de Palmas, do Centro de Direitos Humanos de Palmas e Grupo Feminista Dina Guerrilheira, do Hospital Dona Regina, da juventude secundarista, entre outros.


Por Flávia Quirino e Cleide Diamantino

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